Secretário-geral Ban Ki-moon fez o pedido ao chanceler Yang Jiechi.
China e Rússia se opõem ao pedido ocidental de sanções contra Assad.
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu neste sábado (14) ajuda à China para aumentar a pressão sobre o presidente sírio, Bashar al-Assad, em uma tentativa de encerrar o conflito no país, indicou um porta-voz da organização.
"Ban Ki-moon pediu à China que use sua influência para garantir a aplicação plena e imediata do plano de paz da ONU e Liga Árabe apresentado pelo enviado Kofi Annan, e de um comunicado internacional que a China aprovou, em 30 de junho, pedindo a transição política na Síria", disse o porta-voz.
Ban e o chanceler chinês, Yang Jiechi, conversaram por telefone sobre a Síria antes da visita do líder da ONU à China, na próxima segunda.
A China é um país-chave na disputa travada no Conselho de Segurança sobre as sanções ao líder sírio. Assim como a Rússia, o governo de Pequim tem rejeitado as demandas ocidentais por uma ação internacional de pressão sobre Assad.
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Irã se oferece para ajudar
Mais cedo neste sábado, um aliado de Assad se colocou à disposição para ajudar nas negociações de paz entre o governo da Síria e os rebeldes. Ramin Mehmanparast, porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Irã,reafirmou que o país vai "desempenhar seu papel" para promover o diálogo.
Mais cedo neste sábado, um aliado de Assad se colocou à disposição para ajudar nas negociações de paz entre o governo da Síria e os rebeldes. Ramin Mehmanparast, porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Irã,reafirmou que o país vai "desempenhar seu papel" para promover o diálogo.
"O Irã está disposto a desempenhar seu papel para restabelecer a estabilidade e a segurança na Síria" e evitar que a crise síria "se espalhe rapidamente por toda a região", declarou Mehmanhparast a um jornal governamental.
O Irã, aliado de Damasco, propôs várias vezes utilizar sua influência para ajudar a resolver a situação, mas a oposição síria e alguns países ocidentais e árabes, que o acusam de ajudar militarmente o regime de Bashar al-Assad a reprimir a rebelião, se opuseram a isso.
Teerã acusa, por sua vez, alguns países ocidentais e árabes de armar os rebeldes sírios para provocar a queda do regime de Damasco.
Guerra civil
Também neste sábado, a Cruz Vermelha anunciou que vê os combates na Síria como um "conflito armado interno" -- jargão usado para definir uma guerra civil.
Também neste sábado, a Cruz Vermelha anunciou que vê os combates na Síria como um "conflito armado interno" -- jargão usado para definir uma guerra civil.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês) é o guardião das Convenções de Genebra -- que estabelece as regras de guerra e, como tal, é considerado a referência na qualificação quando a violência evolui para um conflito armado. Por isso, a mudança de status no conflito significa que os líderes dos dois lados agora podem ser punidos por crimes de guerra.
A agência humanitária independente já havia anteriormente classificado a violência na Síriacomo guerras civis localizadas entre as forças governamentais e grupos armados de oposição em três focos -- Homs, Hama e Idlib.
Mas as hostilidades se espalharam para outras áreas, levando a agência baseada na Suíça a concluir que a disputa chega ao limiar de um conflito armado interno.
"Há um conflito armado não-internacional na Síria. Nem todos os lugares foram afetados, mas ele não está limitado a apenas estas três áreas, ele se espalhou para diversas outras áreas", disse Hicham Hassan, porta-voz do ICRC, para a Reuters.